quinta-feira, 10 de novembro de 2011

E a felicidade?

Uma das minhas manias mais antigas é inventar teorias para tentar explicar o mundo - toscamente baseadas apenas na minha ''longa'' experiência de vida. Às vezes chego a ter firme convicção na minha 'tese' e até explicá-las a quem pede meu conselho. Mas essas ideias só servem mesmo para confirmar minha visão de mundo.

Na verdade, minhas lombras nunca estarão 100% certas, já que minha opinião pode ser baseada em algo que eu prefiro acreditar ao invés das coisas como realmente são. Entendeu?

Uma das teorias que mais tenho pensado é:

Quanto maior a inteligência/conhecimento, mais difícil fica a felicidade.


Vou explicar. Sempre achei que quanto mais conhecimento tivesse, mas fácil seria minha vida, já que eu erraria menos. Mas junto com o conhecimento do  mundo, vem o auto-conhecimento, que delimita gostos pessoais e preferências em todos os aspectos da vida.
Quanto mais você se conhece, mais exigente você fica. Essa exigência limita o que te faz feliz ou não. Logo fica mais difícil de obter satisfação com algo que não esteja nesse limite restrito.  Por exemplo, quando você tinha 12 anos, (quase) qualquer tipo de filme  era bom. Hoje em dia, você tem seus gostos cuidadosamente delimitados, como gostar  de filmes do Woody Allen da década de 80 e odiar comédias românticas.

Antigamente brincar de Pokémon no recreio já era suficiente para garantir um dia feliz. Hoje são inúmeras tarefas junto com cobrança e resultado - e peso das consequências.
O passado parece sempre suave, calmo, feliz. Até o ano passado parece mais bem vivido que o presente. Nosso cérebro é bastante otismista quando trata do passado.

Mas será essa suposta infelicidade é resultado das responsabilidades? Ou da ideia de culpa desenvolvida pela sociedade? Ou pela ambição de ter/ser sempre mais?

Por exemplo:
Quem seria feliz mais facilmente: um garoto de 12 anos ou um homem de 40?
Teoricamente, o garoto se diverte mais, tem menos responsabilidades, menos culpa, mais vitalidade e mais descobertas para fazer.Contudo, ao mesmo tempo, o quarentão tem mais possibilidades, mais liberdade, mais realização pessoal, mais amigos e mais outras coisas.

Pra mim é óbvio que o garoto seria ser mais feliz, salvo as exceções.
Inteligência e pouca felicidade teriam uma relação de correlação, não de causalidade.  Será mesmo?




Um comentário:

  1. Tambem me deparei com esse assunto la pelos 16 anos - quando me desvinculei definitivamente das crencas religiosas.

    E surgiu o dilema conhecimento x felicidade. O tal dilema surgiu apenas por causa da ideia preconcebida de que, na vida, temos necessariamente que buscar felicidade. Eh algo como uma obrigacao moral... Well, verifiquei que eu tinha outros valores.

    A liberdade eh o meu valor maior, mais caro - eh o que me define. E o conhecimento eh indispensavel na busca pela liberdade. Em especial o autoconhecimento.

    No fim das contas isso eh apenas uma forma de objetificaçao desse conceito subjetivo, impreciso e indefinido que eh a felicidade.

    A minha busca por felicidade eh uma busca por liberdade. Ou, na ordem certa, minha busca por liberdade eh que representa minha busca por felicidade.

    O meu sentido motivador eh um certo ideal de "vontade incondicionada". Seja la o que for essa utopia. E, no fim das contas, posso dizer que o progresso na trilha da liberdade - junto com o conhecimento - eh o que me traz algum acrescimo de felicidade.

    (desculpe a falta de acentuaçao. problemas com o teclado.)


    @jhbamorim

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