terça-feira, 29 de novembro de 2011

10 Dicas valiosas para futuros intercambistas

"A mente que se abre a uma ideia nova jamais voltará ao seu tamanho original.'' Albert Einstein.

Poucas frases resumem tão bem a experiência de um intercâmbio como essa.  Quem aproveita de verdade uma viagem dessas, nunca mais volta a ser o mesmo. São tantas novidades, culturas, experiências e ideias que é difícil explicar o quanto que vale a pena.

Conheço bem o assunto: já morei em duas cidades no Canadá e já trabalhei em uma agência de intercâmbios, a EF Cursos no Exterior. Aqui vão algumas dicas para fazer do intercâmbio uma experiência (ainda mais) inesquecível.


1. Aproveite as oportunidades o máximo possível.
Lembre-se que você está num lugar novo, há milhões de coisas para descobrir e possibilidades novas. Você não ficará lá para sempre. E, provavelmente, não foi barato chegar lá .  Cansaço não é desculpa para ficar em casa no fim de semana. Vergonha ou preguiça, muito menos.  Deite na neve, caminhe na areia, namore, compre em brechós, compre Gucci, faça bung-jumping, faça uma tatoo, aprenda outras línguas, viaje, beba, mude de casa, prove, tente, namore novamente, dance.

2.  
Deixe o Brasil no Brasil.  Se afaste dos brasileiros.
Viva a cultura local, esqueça o Brasil. A pior coisa que pode acontecer é você tentar viver o Brasil em outro país, isso só traz saudades e sofrimento. Não fique pensando no que seus amigos brasileiros estariam fazendo, não ouça muita música brasileira, não pense em português, não ligue todo dia para sua mãe. Esqueça o Brasil (por enquanto). Pode ter certeza que você estará vivendo algo muito mais interessante do que o Vaca Loca ou o UniBeer.

3. Você pode ser quem você quiser. Ou quase.
Ninguém te conhece nesse novo país, certo? Você tem a incrível possibilidade de alterar levemente seu comportamento do jeito que quiser, ninguém vai dizer que você não era assim antes. Você pode ser mais simpático, mais social, mais responsável, menos nerd ou mais nerd... Como você quer ser?

 4.  
Pergunte quando estiver na dúvida. Sempre.
Nossa lógica de mundo não é tão válida em outros países. Difícil de entender? Por exemplo: se você pediu desculpas por
  chegar atrasado na aula e o professor disse ''ok'', isso não significa que ele está abonando seu atraso. Ele só está confirmando que ouviu o que você falou. Enfim, várias deduções lógicas não funcionam em outro país, logo, na dúvida, pergunte por garantia. É melhor se passar por idiota do que cometer um erro que poderia ter sido evitado.

5 . Google Maps é seu melhor amigo.

Primeira coisa: conheça a cidade, estude o mapa do metrô/ônibus cuidadosamente. Saiba seu endereço e o nome das ruas de referências. Procure saber o nome de todos os bairros. Quando for passear, não se arrisque procurando um local sem referência alguma: pesquise no Google Maps e leve essa imagem com você. Eu tirava foto do mapa do Google Maps com a câmera digital e levava a câmera comigo. Era meu GPS de pobre. 

6. Se mostre interessado pelas pessoas.

Se interessar pelas pessoas é a melhor forma de deixá-las interessadas em você. Sem mais.
 
7.  Espere um pouco antes de começar a comprar massivamente.

Não gaste muito no primeiro mês, não se iluda nos shoppings na primeira semana. Primeiro conheça os centros de compras: as melhores lojas, as mais baratas, as mais diferentes, as marcas, os preços. Só depois compre. Atenção: SEMPRE SEMPRE SEMPRE converta o valor para reais, incluindo a porcentagem de imposto.
 Pense duas vezes antes de passar o cartão, a tentação sempre estará à espreita.

8. Controle a grana. Mesmo.

Se você for rico, ignore esse tópico. Mas, para nós meros mortais, passar alguns meses em outro país, seja em Londres ou na Cidade do Cabo, é caro. Isso não justifica gastos desnecessários ou despesas inúteis. Entenda seus gastos mensais detalhadamente: transporte, alimentação, roupas, moradia, etc. Se for neurótico, elabore uma planilha financeira, faça gráficos e estabeleça a equação de segundo grau que projete gastos futuros. Ou anote tudo num papelzinho e pronto. 


Estabeleça prioridades. No meu caso, eu costumava economizar com comida (leia-se quase passar fome) para gastar com festas e compras. Não mais divertido e emagrecedor. Esse é meu estilo, descubra o seu.

 9.  Compre um chip de celular de uma operadora local. Se for ficar mais de 3 meses, o celular faz uma falta enorme.
Durante 3 meses, o Facebook foi meu celular. Eu ficava caçando redes wi-fi pela cidade em busca de comunicação e me sentia uma pedinte perguntando a senha de redes bloqueadas nas lojas de rua. Desnecessário.  Depois consegui um celular e tudo foi lindo.

10. Faça uma lista de tudo o que você quer fazer na cidade/país/região.
Isso dá uma sensação de aproveitamento muito boa. Caso contrário, você vai querer fazer tudo o que não fez na última semana e não haverá tempo - experiência própria. Claro que a grana não vai deixar você fazer tudo, mas com planejamento antecipado, dá pra curtir muito em doses moderadas.


Quem quiser conversar mais sobre o assunto, ou quiser uma ''assessoria de intercâmbio'', é só entrar em contato =)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Ordinary People

Nenhum vídeo de dança me tocou tanto como esse. Já vi mais de 458 vezes, em dias diferentes, e toda vez me surpreendia com um  movimento que não tinha notado, uma intenção nova, um dançarino expressivo e os gritinhos da platéia em momentos diferentes...

É indescritível como a coreografia expressa o sentimento da música, como a 'historinha' do começo faz o público entrar no clima, como a letra da música do John Legend nos transporta para situações pessoais...

Coreografado pelo casal que senta no banquinha à direita (1:18). Melhor apreciado em tela cheia.
Dica: Se você não for tocado por essa coreografia é bom checar se você já teve sentimentos.



We're just ordinary people
We don't know which way to go
We're just ordinary people
Maybe we should take it slow




Obrigada ao Maner Onamreg que me mostrou o vídeo.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Família + Redes Sociais = ¬¬

Entre as coisas que mais se atraem, mas não deveriam, estão:

  • Blusa branca e molho de tomate
  • Dedinho do pé e quina de mesa
  • Canetas Bic e outra dimensão
  • Dezembro e Roberto Carlos
  • Festa em Brasília e gente chata
  • Família e redes sociais

Maldito o dia em que os parentes chatos descobriram as redes sociais. Que incrível é ter sua tia vendo suas fotos, seu pai curtindo seu status sobre a ressaca de hoje, sua mãe comentando "Meu lindinho!'' nas fotos .

Situação chata. Primeiro vem o dilema de aceitá-los ou não, já que é quase uma obrigação: é família, né?! Toda vez que aparece um convite familiar no Facebook, ainda mais de gente que mora longe, me conhece pouco e fofoca muito, fico tensa. O fato é que parente chato é pior que colega de sala que te adiciona sem nunca ter dado um 'oi'. 

O maior problema é a má interpretação da família sobre o que falamos ou fazemos. Toda afirmação nas redes sociais tem um contexto, ainda mais se tiver palavrões, gírias, piadas, etc. Primeiro, eles não sabem isso. Alguns entendem tudo literalmente. Não entendem que ''ai, ai se eu te pego'' é  letra de música (''música''), e não uma declaração de disponibilidade sexual. Não entendem que quando chamo meus amigos de travesti, não estou ofendendo ninguém - embora alguns realmente sejam.

Tudo é brincadeira, tudo é zoado. Fotos principalmente. Velhos tempos quando as fotos eram tiradas para lembrar momentos e não para serem exibidas em redes sociais. Velhos tempos quando apenas seus amigos viam as fotos - e não todo mundo - incluindo stalkers, empresas contrantantes, família e pretendentes.

Nada pior do que ser o último a saber de uma fofoca sobre você.  ''O tio do marido da sobrinha-neta da sua avó acha que você parece (imbecil/piriguete/estúpido/pobre/hippie) no Facebook''. Você se pergunta o que essa pessoa andou fumando pra entender essas coisas. Mas não importa, já era.

Claro que nem todo parente é stalker e nem toda tia é fofoqueira. Seria até legal ver convites de eventos familiares no Facebook. E às vezes é legal acompanhar o crescimento daquele sobrinho que mora longe. Pode dar certo sim, mas é raro...

Sinceramente, ainda imagino o dia no qual vamos todos usar o Google +, agrupar as galeras em suas respectivas categorias e escolher quem vai ver o quê. Sonho meu.

''Filho, faz um Tui...Tuitiei...um Tuíter pra mim?''

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Tá chegando...

A rotina tá uma loucura. Finalzinho de novembro, o famoso clímax do ano. Quando todas as atividades secretamente conspiram e resolvem exigir o máximo de você. É monografia, provas da faculdade, espetáculo de dança, prova do francês, figurino pra fazer, treinos, cabelo pra arrumar...

Mas no fundo há uma certeza profunda de que tudo vai valer a pena. Abrace o Red Bull e o cafezinho na madrugada e respire fundo. Vai dar tudo certo no final. 



quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Tópicos Aleatórios

  • Confesso que confio firmemente no Horóscopo do Terra. E minha maior vontade é poder processá-lo quando o ''combinado''  não acontece .
  • Não costumo lembrar dos meus sonhos. Dos poucos que eu lembro, eu estou fora do Brasil e acordo triste quando me toco que ainda estou aqui. Alguém já foi  diagnosticado com depressão pós-Canadá?
  • De repente percebi que a maior parte das amizades não terminam com brigas, mas quando um simplesmente não faz mais questão da amizade do outro. A perda de contato torna-se um sintoma e não a causa do fim da amizade...
  • Tenho uma empregada ótima. Um amor de pessoa que cozinha incrivelmente bem com todo seu tempero baiano. O melhor é que ela é gaga  e inventa palavras quando o verbo certo não sai. Algumas dessas palavras, que já se tornaram comuns com o uso, são: espindurar (pendurar), digilar (digitar), doblar (dobrar) e bichinhar (fazer qualquer coisa). Um dia eu cheguei em casa e ela disse que tinha variado no cardápio e fez ''uma comida indiferente''.   Quem sou eu pra corrigir?


Eu deveria estar trabalhando na monografia agora. 

                                       BRAIN, Y NO WORK THIS MORNING?

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Professores picaretas e suas manias

Nunca achei que existesse uma aula que fosse 100% chata ou 100% insuportável. Enfim, no meu penúltimo semestre de UnB, eu estou matriculada nessa aula. Comecei a listar o que faz um professor se transformar no pior pesadelo de um aluno:


Fugir do assunto.  Alguns professores não entendem que sala de aula não é divã. Começam a contar histórias da vida dele (desde 1964), de como superaram desafios, de como tudo era diferente na época dele... O que até seria interessante, se não fosse uma perda de tempo. Não preparam a aula e não têm conteúdo suficiente para passar. Quando os professores começam a ''viajar'', contando historinhas e dando sofríveis lições de moral, a concentração dispersa e começo a me perguntar se seria mais produtivo jogar Angry Birds naquele momento.  Alguém tem dúvida da resposta?

Fazer perguntas imbecis. Mania de pais com filhos pequenos. Avisem pra ele que ele não está ensinando para a 4ª série e os alunos não têm 5 anos de idade. Às vezes uma pergunta supostamente idiota leva a uma discussão interessante,  terminando com uma conclusão surpreendente. Mas na maioria das vezes, essas perguntas ridículas são feitas apenas para gerar participação dos alunos, que resistem ainda mais a responder uma questão tão imbecil. ''Pessoal, o planejamento é importante? O que vocês acham?'' 

Demorar 45 minutos para explicar algo simples. Simplesmente irritante. Os alunos podem até segurar a atenção durante um tempo, esperando algo novo e desafiador para entender, mas logo desistem. E quando vem algo realmente difícil e que precisava de explicação detalhada, ninguém aguenta mais ouvir a voz do professor e todos já abriram seu laptop para passar os restante da aula no 9Gag e no Facebook.

Aula do tipo monólogo sem emoção. O conteúdo é tão interessante quanto o entusiasmo do professor para ensinar os alunos. Monólogos sem variação do tom de voz, sem piadas, sem recursos ou slides tornam praticamente impossível prestar atenção. Nesse momento eu me arrependo profundamente de ter levantado da cama cedo, ter deixado meu edredon quentinho para chegar na universidade e ouvir  um ''professor'' lendo o texto que ele já havia mandado por email. Shit!

Fingir que dá aula. Conheço o tipo picareta muito bem. Passa trabalhos para os alunos apresentarem durante toda a aula. Passa deveres de casa que nunca corrige. Nunca se dá ao trabalho de escrever no quadro ou explicar a matéria. Prova? Que prova? Dão SS para os alunos em troca do silêncio sobre sua performance como professor. É o chamado 'Pacto de Mediocridade'. Ele finge que ensina e o aluno finge que aprende. Ninguém reclama aos superiores e todos saem contentes. Nada mais brasileiro. Será que seria assim se tivéssemos pagando mensalidade do nosso próprio bolso?


Cadê os professores bons da UnB? Cadê aqueles professores tão bons que chegam a mudar a forma de pensamento dos alunos só por serem extremamente inspiradores? Cadê os professores que trazem questões críticas e inovadoras para nosso futuro profissional?

São tão raros como mendigos japoneses no Brasil.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

E a felicidade?

Uma das minhas manias mais antigas é inventar teorias para tentar explicar o mundo - toscamente baseadas apenas na minha ''longa'' experiência de vida. Às vezes chego a ter firme convicção na minha 'tese' e até explicá-las a quem pede meu conselho. Mas essas ideias só servem mesmo para confirmar minha visão de mundo.

Na verdade, minhas lombras nunca estarão 100% certas, já que minha opinião pode ser baseada em algo que eu prefiro acreditar ao invés das coisas como realmente são. Entendeu?

Uma das teorias que mais tenho pensado é:

Quanto maior a inteligência/conhecimento, mais difícil fica a felicidade.


Vou explicar. Sempre achei que quanto mais conhecimento tivesse, mas fácil seria minha vida, já que eu erraria menos. Mas junto com o conhecimento do  mundo, vem o auto-conhecimento, que delimita gostos pessoais e preferências em todos os aspectos da vida.
Quanto mais você se conhece, mais exigente você fica. Essa exigência limita o que te faz feliz ou não. Logo fica mais difícil de obter satisfação com algo que não esteja nesse limite restrito.  Por exemplo, quando você tinha 12 anos, (quase) qualquer tipo de filme  era bom. Hoje em dia, você tem seus gostos cuidadosamente delimitados, como gostar  de filmes do Woody Allen da década de 80 e odiar comédias românticas.

Antigamente brincar de Pokémon no recreio já era suficiente para garantir um dia feliz. Hoje são inúmeras tarefas junto com cobrança e resultado - e peso das consequências.
O passado parece sempre suave, calmo, feliz. Até o ano passado parece mais bem vivido que o presente. Nosso cérebro é bastante otismista quando trata do passado.

Mas será essa suposta infelicidade é resultado das responsabilidades? Ou da ideia de culpa desenvolvida pela sociedade? Ou pela ambição de ter/ser sempre mais?

Por exemplo:
Quem seria feliz mais facilmente: um garoto de 12 anos ou um homem de 40?
Teoricamente, o garoto se diverte mais, tem menos responsabilidades, menos culpa, mais vitalidade e mais descobertas para fazer.Contudo, ao mesmo tempo, o quarentão tem mais possibilidades, mais liberdade, mais realização pessoal, mais amigos e mais outras coisas.

Pra mim é óbvio que o garoto seria ser mais feliz, salvo as exceções.
Inteligência e pouca felicidade teriam uma relação de correlação, não de causalidade.  Será mesmo?




terça-feira, 8 de novembro de 2011

Pérolas do Autocorrect

Poucas coisas me fazem rir tanto na Internet como os momentos clássicos do autocorrect do iPhone. Uma palavra trocada pode fazer você querer jogar seu telefone pela janela, e depois se jogar atrás ele.
Aí vai alguns momentos constrangedores e mensagens para o número errado. Não sei é tudo é verdade, na verdade não sei nem como eles fazem esse print screen da tela do iPhone, but who cares?


Como desabilitar o autocorrect e acabar com toda a diversão:
Vá em Ajustes -> Geral -> Teclado -> Desabilitar correção automática e verificação de ortografia.

Confesso que minha vida foi menos emocionante sem o autocorrect transformando a risada 'huahuahua' em 'Humanitária' e o 'muahahah' em 'mamada'. E, pior ainda, tenho medo³ da mistura 'autocorrect + alcool' :O
Prefiro deixar essas situações para o Damn you Autocorrect!



quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Não é hipster, é brega mesmo.

Engraçado observar essas ondas de modinhas rock em Brasília. Já se foram os 'dorme-sujos', os emos, os indies e, agora, os Hipsters.
Não ouso defini-los, mas a Wikipedia ajuda. Os hipsters são uma subcultura que mistura fãs dos anos 80 com qualquer outra década que cheire a mofo. Jovens da classe média urbana, adultos com interesse em rock alternativo, filmes independentes e moda retrô.


Todo estilo de vida é válido quando há toda uma cultura sustentando o comportamento. O problema é quando não há conteúdo, há apenas aparências. Como o Hip Hop, por exemplo. Ser 'hip hop' não é usar aba reta, vestir roupa folgada e falar que curte Jay Z. Até minha avó curte Jay Z. Ser Hip Hop é valorizar uma cultura urbana, conhecer seus elementos, a história, os precursores e se interessar pelas novidades. A aparência é o de menos.
Ser hipster não é sonhar em ser daltônico para ver tudo em Instangram.
Não é comprar roupas no brechó, misturar com peças da vovó e acessórios do Restart.
Não é postar que quer o calor de volta, já que amar o frio já ficou muito mainstream.
Não é gostar apenas de bandas que tenham mais de 15 consoantes no nome e menos de 15 fãs.
Não é querer morar na Europa  - sendo que não aguenta nem o frio de SP.
Não é dizer que seu hobby é passar horas numa loja de discos caçando vinis - sendo que nem tem um toca discos.
Não é ver ver filmes alternativos e parar no meio por que achou tudo muito 'simples', sem efeitos especiais.
E - principalmente - não é comprar uma Canon ou uma câmera lomo e se considerar fotógrafo.



O hipster original não fala que é hipster. Não gostam de estereótipos e se vestiam assim antes mesmo da moda 'indie' começar. O hipster original não surgiu agora, e não mudou seu jeito de ser para se enquadrar ao que é popularmente considerado cool.


Pra quem curte zoar os hipsters, site é o que não falta. O mais famoso é o americano 'Look at this fucking hipsters'. No Brasil, o Hipster Cafona confirma que hipster é bagunça mesmo. Do outro lado do mundo, o Accidental Chinese Hipsters mostra que idosos também são podem ser  hipsters - até mesmo sem querer. 


E, por fim, o Manual Definitivo do Hipster tira dúvidas de todo poser que não sabe como se portar. 

Não aguento mais falar a palavra hipster nesse post.


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Carta à Brasília

Cara Brasília,

Precisamos discutir a relação.

Faz tempo que eu queria te dizer isso; nunca achei que você realmente iria me entender. Talvez você seja racional demais, 'certinha' demais, reta demais. Sabe o que é...É que eu estou cansada de você. Sinto que tem algo de estranho na nossa rotina. Me pego frequentemente querendo fugir, planejando viagens, tentando sair do DF por qualquer motivo que seja.

Tô cansada.
Cansada desse clima desértico, que faz um calor triste ao meio dia e uma chuva torrencial à noite. Ou o oposto, sem avisar a ninguém.
Cansada dessa cultura fria, que não se cumprimenta, não puxa papo com pessoas fora da bolha social em que estão.
De lugares que são sempre a mesma coisa, mesmo mudando.
De modinhas que nunca são originais.
Da falta de descobertas, algo interessante, que exale cultura.
Da má reputação por culpa de poucos.
Do que fazer numa terça a noite [...]

Faz tempo que eu estava pensando nisso, está chegando a hora de te largar. Não fique preocupada, serei muito grata, Brasília, do fundo do meu coração.

Não quero ser extremista. Não vou cuspir no prato de Niemeyer. Acho que você é o melhor berço que uma criança pode ter. Foi uma linda infância, admito. Brinquei muito de esconde-esconde de baixo do prédio. E uma adolescência bem vivida no Candanguinho CECAN e nas matinês sub-17 (lembra da Macadâmia?).
Agradeço por não me decepcionar em termos de segurança. Nunca aconteceu comigo nada mais grave que furto de celular em show de axé (mas aí eu mereci, admito).
Obrigada pelo céu. Já rodei alguns países mas nada se compara com o degradê azul/rosa/vermelho do céu às 18h.
Obrigada pela organização, pelo trânsito (quase) tranquilo, pela facilidade de circulação (principalmente para pessoas  lesadas e perdidas, como eu).

Obrigada por tudo, Brasólia. Mas nossa relação já está desgastada faz tempo. Conheci outras mais interessantes que você. Pretendo partir para não voltar.

Não fique triste, capital. Você é uma estrela que brilha brilha. Há outros 2.562.962 habitantes que podem me substituir. Com certeza o trânsito vai ficar mais seguro assim que eu for embora e haverá uma vaga a mais nos estacionamentos lotados da UnB...

Espero ver a Copa de 2014, apontar para a TV e encher o peito de orgulho: ''Look, guys! That's my city in Brazil!''

É isso.
Adeus, 

PS: Infelizmente não estou me mudando agora. Mas seria exatamente isso que eu diria se pudesse me mudar hoje, depois do almoço.